domingo, 27 de março de 2016

Chegou a primavera! (parte II)

Adquiri uma Guarianthe aurantiaca, até há pouco tempo designada por Cattleya aurantiaca (coisas de taxonomistas), na Feira internacional de Orquídeas do Porto deste ano. Já trazia duas umbelas de botões forais que entretanto floriram e que mostro nas fotos.
Esta espécie é originária da América tropical. Cresce nos troncos das árvores, na floresta tropical húmida virada para o pacífico (Honduras, El Salvador, Nicarágua, Guatemala e, por vezes, no sul do México). As flores do meu exemplar são de um laranja intenso e vão produzir sementes como se vê na última foto em que as flores secaram e os ovários começaram a entumecer para formar as vagens cheias de sementes (como na vagem da baunilha que também é uma orquídea). Aliás, esta é uma curiosidade desta espécie: elas podem autopolinizar-se em determinadas condições do meio. Por isso, estas flores são pequenas e sem cheiro pois não precisam de atrair os insetos. De qualquer forma acho-a linda e vou dar o meu melhor para que sobreviva no próximo inverno.





domingo, 20 de março de 2016

Chegou a primavera! (parte I)

A Pleione formosana, cujas fotografias anexo, é uma orquídea terrestre originária da China e da Formosa. Foi descrita pelo botânico Bunzo Hayata, no Japão, em 1911, a partir de um exemplar de uma coleção existente em Nanao, uma pequena cidade litoral japonesa.
Na natureza, vive entre os 500 e os 2500 metros de altitude, na montanha.
A minha expectativa em relação a esta orquídea é grande já que é uma orquídea terrestre originária de regiões com um clima de 4 estações como o nosso e, por isso, imagino que vai gostar de viver cá em casa. Além disso, na natureza forma tapetes de flores rasteiras que brotam do musgo onde vive e fazem lembrar os tapetes de crocos floridos existentes em toda a Europa, apesar de as flores serem muito diferentes.
Comprei esta orquídea, na semana passada, na feira internacional de orquídeas do Porto. Já tinha um botão floral que hoje abriu em pleno. A seguir vão desenvolver-se as folhas plissadas grandes que já se conseguem vislumbrar, embora ainda pequeninas. No final do verão também as folhas desaparecem e os pseudobolbos ficam em dormência até ao final do inverno seguinte.
Uma curiosidade: é devido a esse período de dormência (em que a planta está reduzida aos pseudobolbos) que consegue suportar as temperaturas frias do inverno.