domingo, 19 de maio de 2019

A mais pequenina

De todas as espécies de orquídeas que já floriram cá em casa, a Cyrtochilum meirax é a que produz as flores mais pequeninas. As flores amarelas com umas pintas escuras, que dão cor à minha sala já vai para mês e meio, não têm mais de 1,5 cm de comprimento.
Não sei se em Portugal existe um nome vulgar para esta orquídea mas encontrei num site inglês um nome que faz justiça à beleza da nuvem amarela de flores que produz: Cyrtochilum encantado (tradução livre).  
Já sobre o nome científico não há dúvidas, é aquele que indiquei no inicio deste texto. É um nome relativamente recente, pois foi aprovado pela comunidade científica em 2001. Mas esta orquídea, que cresce nas copas das árvores das florestas húmidas e elevadas da América Central, foi descrita pela primeira vez em 1854 por Heinrich Gustav Reichenbach, um orinitólogo e botânico alemão especialista em orquídeas, que lhe atribuiu o nome Oncidium meirax, provavelmente devido ao pequeno tamanho das flores (meirax é uma palavra derivada do grego e significa jovem/pequeno). 
Estas fotos, tiradas por mim à minha orquídea, são aldrabonas pois as flores parecem maiores e as pintas mais avermelhadas do que nas flores reais. 





quarta-feira, 1 de maio de 2019

O perfume da orquídea-passarinhos

Stanhopea oculata é uma orquídea epífita (ou seja, no seu meio natural vive fixa aos troncos das árvores), originária das florestas húmidas da América Central. É muito popular na Madeira onde lhe chamam orquídea-passarinhos ou melrinhos, por causa do formato das flores que em certas posições se parecem com pássaros a voar. São flores lindíssimas e muito perfumadas, com um cheiro doce a baunilha. 
A minha Stanhopea oculata, que adquiri no mercado do Funchal na primavera de 2012, desenvolveu uma haste floral em 2015 que não chegou desabrochar e em 2016 desenvolveu uma haste floral completa, com 4 flores pendentes que podem apreciar nas fotos. 
É uma pena que as fotos não mostrem o perfume que enchia a casa quando regressei de férias naquele verão. 
Uma curiosidade que podem constatar na primeira foto tem a ver com o desenvolvimento das hastes florais que crescem a partir das raizes e em sentido descendente. Por isso, os vasos ou cestos em que são cultivadas têm de ter buracos por onde as hastes florais possam emergir e devem estar pendurados.
Parece que esta orquídea, originaria das florestas quentes e húmidas da América Central, não se dá muito bem no clima frio do Porto (ou, certamente, com os poucos cuidados que lhe tenho prestado). Este ano está quase a morrer. Substitui-lhe hoje o substrato e mudei-a para um local mais ensolarado. Espero no próximo ano ter boas noticias para dar!